quinta-feira, 8 de julho de 2010

Brígida

Vestíamo-nos para a festa gótica, o teu vestido preto e vermelho acentuavam as tuas curvas, vesti e despi as tuas roupas... mas optei pelo corpete preto e umas calças pretas justas, concordaste comigo e comecei por notar que me seduzias... há qualquer coisa nos teus lábios finos que me aliciam, e ao reparar no meu olhar, resolves pintá-los de vermelho, que sobre a tua pele branca ficam sensuais. Quem caça e quem é a presa? Paira no ar a incerteza. O teu namorado espera-nos na sala, mas deixas-te ficar com a desculpa que o sutiã incomoda-te e pedes que te ajude a ajustá-lo. Dispo-te a parte de trás do vestido e os meus seios roçam-te as costas, fico quente mas disfarço, e puxas os teus cabelos loiros para o lado mirando meu embaraço, ataco-te com o meu olhar e evitas-me, mas excitas-te...

- Já está, acho que está na hora de irmos andando, não quero perder esta festa!

- Vais ser um sucesso, estás linda! - Disse-me a Brígida.

O teu namorado não sabia para quem olhar, o seu ar de espanto foi motivo de riso, queríamos todos festa!

O barco flutuava sobre o rio, e pequenos grupos, vultos de preto, caminhavam na sua direcção. Este cenário era perfeito, máscaras sensuais de luxúria, sentia-me à vontade para realizar qualquer loucura. Descemos as escadas e no meio de tantas pessoas fomos puxadas para tirarem fotografias, a nossa energia sensual, quase sexual transbordava, todos olhavam-nos com admiração e nós ríamo-nos, seríamos deusas por uma noite?

Puxaram-nos para o bar, vodka com limão, a noite está quente. Tu whisky com gelo. Começámos a dançar, os nossos corpos eram serpentes sensuais por entre vampiros e cavaleiros de olhos claros e pele branca, princesas e bruxas negras. O barco estava cada vez mais cheio e a energia dos nossos corpos mais ligados.

Os olhos postos em nós acendiam o jogo, os teus olhos pediam a minha boca. Não lhe resisti. Sempre és a presa da minha vontade, beijar-te os lábios finos e doces foi como encontrar-me em mel. Agarrei-te a cintura e prendi-te contra o meu corpo, e deixaste-me dominar-te o desejo.

Continua...

Sem comentários:

Enviar um comentário